Textos Vladimir Maiakovski
Encenação e Cenografia Igor Gandra
Acompanhamento Artístico Isabel Barros
Tradução e Apoio à Dramaturgia Regina Guimarães
Marionetas e Objetos Eduardo Mendes, Igor Gandra, João Pedro Trindade
Sonoplastia Igor Gandra
Percussões João Pais Filipe
Mistura e Masterização José Arantes
Interpretação Carla Veloso, Eduardo Mendes, Matilde Gandra, Micaela Soares, Rui Oliveira, Vítor Gomes
Desenho de Luz Filipe Azevedo
Fotografia de Cena Susana Neves
Realização Plástica e Oficina de Construção Eduardo Mendes, Filipe Azevedo, João Pedro Trindade, Mário Gandra, Rui Oliveira, Carlota Gandra, Catarina Lopes e Ana Fernandes (confeção de figurino)
Assessoria de Imprensa João Arezes
Operação de Som Fernando Rodrigues
Produção Executiva Carla Veloso, Sofia Carvalho
Cocriação Teatro de Ferro, Teatro de Marionetas do Porto
Coprodução FITEI 2021
Duração aprox. 60 minutos
Público alvo Maiores de 16 anos
Nesta cocriação entre o Teatro de Ferro e o Teatro de Marionetas do Porto, as companhias portuenses laboraram em conjunto para construir uma máquina-do-tempo em que se imagina uma tentativa de ressuscitar o grande poeta Maiakovski algures numa linha temporal alternativa. Aos habitantes desse tempo-da-máquina vamos chamar Os do Futuro.
Nesse tempo-do-teatro está em marcha um programa experimental de ressurreição humana. Maiakovski é um dos humanos do passado que Os do Futuro desejam conhecer. Envolvido neste teatro-do-tempo, o poeta da revolução acaba por ser apanhado numa das suas armadilhas. As coisas complicam-se, mas Os do Futuro não desistem do seu desígnio, pois a poesia e o teatro de Maiakovski estão cheios de mensagens que eles assumiram que lhes eram endereçadas.
Através desta ficção, talvez pouco científica e habitada por atores e marionetas, vamos (re)animar alguns objetos do complexo universo de Vladimir Maiakovski: imagens, poemas e fragmentos de peças da sua máquina-do-teatro. Artefactos em que descobrimos alguns traços inconfundíveis deste autor: a rutura deliberada com as estruturas tradicionais e o diálogo sistemático (embora nem sempre pacífico) entre o ativismo político, o desejo amoroso, o trabalho da poesia e uma espécie de troca de correspondência constante com o futuro.
Igor Gandra
Porto, Março 2021